Os
sem graça fazem uma força danada
Um esboço,
um esforço, uma farsa,
Nos seus
risos forçado pra agradar.
Um
mar sem onda, nem sal, sem nada.
Sem a
tradicional cor azulada, da água.
Um
rio qualquer, um riacho sombrio, um fio.
Chuva de verão querendo alagar.
Uma paródia, caricatura de si próprios.
Vivem a representar e nem se tocam.
Sem noção, confiantes que tão abafando.
Contando piadas sem graça, sem jeito,
Forçando a barra, sendo o que não são.
E ainda encontram malvados que os aplaudam
Só pra
não deixá-los sem jeito, sem graça,
No vácuo,
acreditando que são os caras.
Em vez de interessantes, são irritantes,
Desengonçados, sem jeito, aguados.
Teria mais proveito se fossem eles mesmos
Ganhariam mais, ao se convencerem
Que todo mundo tem o que oferecer.
Todos têm uma particularidade, um charme.
Um trejeito, algo nele pra ser admirado,
Um encantamento que não havia notado.
Fábio Murilo, 01.04.2018