sexta-feira, 26 de julho de 2013


5 comentários:

Claudinha Santos disse...

Ele tem razão....

Laura Santos disse...

Um escritor faz-se na vibração e claridade do dia, com todos os ruídos, com toda a sujidade, usufruindo do que é bom e do que é mau, e acredito muito numa loucura saudável essencial a qualquer acto de criatividade; o sair da norma, o querer absorver tudo...
O silêncio da noite, a sua escuridão e mistérios, o luar, as estrelas, o fogo dos afectos ajudarão a construir a obra.
Hemingway não rejeitou a monotonia, fez da sua vida uma aventura permanente, com excessos à mistura. Levou a vida como quis e deixou obra feita.
Foi bom relembrá-lo!

Fábio Murilo disse...

Concordo, Claudinha.

Fábio Murilo disse...

São a sua matéria prima Laura.

"Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Saí um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, e na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:
É a vida

O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero".

(Nova Poética - Manuel Bandeira)

Laura Santos disse...

Não conhecia esta teoria do poeta sórdido, mas Manuel Bandeira descreve muito bem o que estávamos falando.
Já sabia o que era paletó, mas tive que ir ver o que era brim...:-)
Consigo aprendo sempre alguma coisa, e que bom é aprender todos os dias.

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